
Santo Inocêncio foi mártir no III sec. d.C, um jovem cidadão romano que morreu decapitado (teve sua cabeça cortada), por não recusar a sua profissão de fé em Cristo. Por causa deste testemunho Santo Inocêncio é considerado um Mártir pela Igreja. Ele é contemporâneo de Santa Cecília,São Sebastião,São Lourenço, São Tarcísio e Santa Inês. Suas relíquias (restos mortais de seu corpo, ossos da perna, braços, tórax e crânio), foram depositadas pelos primeiros cristãos no século III, nas catacumbas de São Calixto em Roma, como era de costume na época.
A autorização para remoção do corpo de Santo Inocêncio Mártir das catacumbas foi expedida por ordem do Papa Leão XII, mas retirados de fato no ano de 1833, quatro anos após a morte de Leão XII. A relíquia de Santo Inocêncio foi doada ao Pe. Francesco Antonio Baccari, juntamente com as relíquias de São Benedito (Bento) Mártir e São Tigrino Mártir, o qual enviou tais relíquias à cidade italiana de Lendinara. Os corpos dos três santos foram expostos na Igreja de Santa Águeda, onde Santo Inocêncio ficou no altar principal,São Bento no altar de Sta. Águeda, e Santo Tigrino no altar da Imaculada.
Quase nada se sabe da vida desses santos, porém a palavra “Mártir” gravada sobre a tumba de cada um, e a pedra com traço de sangue encontrada ao lado de cada corpo nas Catacumbas de São Calixto, indicam claramente que se trata de heróicas testemunhas da fé em Cristo, e isto justifica a veneração pública prestada à memória dos mesmos e as suas relíquias. As roupas de Santo Inocêncio e dos demais mártires, foram confeccionadas pela senhorita Teresa Mischiatti e com o auxílio dO Frei Giovani Paolo Peruzzo de Cismon. A respeito do modelo da roupa de Santo Inocêncio, Frei Eusébio Bulfon explica:
- Todos os corpos das diversas igrejas estão vestidos segundo um corte, bastante curioso, isto é, como soldados romanos com o elmo na cabeça (alguns) e a couraça; estão deitados sob um leito, como se estivessem descansando, os rostos são modelados em cera, assim como as mãos, os braços e as pernas. Trata-se de um trabalho, mais que artístico, fantasioso de gosto popular."
Mas tais roupas não são as atuais que revestem o corpo de cera de Santo Inocêncio. Segundo registros documentais, durante os meses de abril e maio de 1975, as suas vestes foram substituídas, uma vez que estavam corrompidas pela ação do tempo. Por sua vez as irmãs de São Bartolomeu de Rovigo (região da Itália), confeccionaram as atuais roupas que revestem o mártir.
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